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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Desenvolvimento Motor da Criança.


O amadurecimento do sistema nervoso e os estímulos ambientais permitem que o bebê vá, ao longo do primeiro ano, adquirindo um progressivo domínio do seu corpo e se comece a relacionar com o meio que o rodeia.
Um bom desenvolvimento motor repercute na vida futura da criança nos aspectos sociais, intelectuais e culturais, pois ao ter alguma dificuldade motora faz com que a criança se refugie do meio o qual não domina, conseqüentemente deixando de realizar ou realizando com pouca freqüência determinadas atividades.
Rápidas mudanças no desenvolvimento ocorrem durante os primeiros 24 meses após o nascimento e influenciam dramaticamente por toda a vida. As mudanças evolutivas que ocorrem durante esse período são resultado de complexo desenvolvimento neurológico, o qual é influenciado por fatores genéticos e ambientais.
Cada criança apresenta seu padrão característico de desenvolvimento, pela influência sofrida em seu meio. Durante os primeiros anos de vida os progressos em relação ao desenvolvimento costumam obedecer a uma seqüência ordenada, mas existe considerável variabilidade individual, de acordo com cada criança.
Do ponto de vista motor, quase tudo o que um adulto necessita para viver será adquirido durante o primeiro ano de vida. São doze meses em que a criança vivencia as origens dos movimentos. Entre 1 e 3 meses, ela começa a sorrir e imita alguns movimentos e expressões faciais dos adultos. Entre 4 e 7 meses, consegue sentar. De pé, se apoiada, sustenta o peso do corpo com as pernas e consegue transferir objetos de uma mão para outra. Até 1 ano, fica em pé e pode dar alguns passos sem apoio. A partir daí, só aprimora o que já sabe: correndo, chutando bola, subindo e descendo escadas, vestindo-se, levando o garfo à boca, para citar algumas das habilidades motoras mais comuns.


Na ausência de sinais severos, como nos casos de paralisia cerebral e retardo mental, um número significativo de crianças com história de prematuridade vem apresentando sinais de distúrbios de aprendizagem, dificuldades de linguagem, problemas de comportamento, déficits de coordenação motora e percepção viso-espacial na idade escolar. De acordo com isso, foram constatados em estudos que a estimulação sensório motora em recém-nascidos de risco favoreceu a adequação de seus padrões motorestrazendo grandes benefícios para o desenvolvimento global dessas crianças.
Devemos estimular o bebê por meio de movimentos globais para que role para ambos os lados. Oferecemos brinquedos grandes, simétricos, cores intensas ou que provoquem contrastes intensos e de diferentes texturas para podermos desenvolver a linha média corporal e as vias sensoriais das mãos e dos pés.
Utilizamos também brinquedos sonoros para percepção de lateralidade. No entanto, todo e qualquer brinquedo deverão ser interagidos com o bebê e não apenas demonstrados para que observe, pois desta forma não ganharão desenvolvimento motor de elevação de braços e pernas. O ambiente e o espaço são primordiais para que o bebê possa se movimentar globalmente sem barreiras que geralmente os berços oferecem, por isso o indicado são os tapetes no chão.
Com a estimulação precoce previnem-se deformidades e atrasos que influenciarão no futuro de uma criança. 

A Fonoaudiologia traz benefícios para o desenvolvimento Infantil

A  fonoaudiologia traz benefícios ao desenvolvimento infantil, porque engloba o desenvolvimento (motor, oral, cognitivo e lingüístico) normal e patológico da criança, que são noções importantes para a estimulação correta em cada idade. Além disso, auxilia na prevenção do aparecimento de problemas que possam surgir e no tratamento precoce de um bebê.  
Através de avaliações com técnicas especializadas se detecta a etapa do desenvolvimento que o bebê ou criança se encontra.  A partir da avaliação, se necessário, pode-se iniciar o atendimento fonoaudiológico com o objetivo de estimular as funções não adquiridas detectadas na avaliação. Nesta fase, os pais são orientados em como lidar com o problema encontrado e a forma na qual eles irão auxiliar durante todo o processo de aquisição e/ou reestruturação funcional.  

Objetivo da estimulação sensório motor precoce:

  • Estimular o desenvolvimento sensório motor da criança;
  • Estimular o desenvolvimento motor da criança de acordo com sua idade;
  • Prevenir a instalação de deformidades na coluna vertebral e membros;
  • Prevenir a perda de massa óssea, massa muscular e atrofias;
  • Estimular o desenvolvimento da fala e linguagem da criança;
  • Estimular o desenvolvimento da musculatura responsável pela deglutição e mastigação;
  • Desenvolver pratica de hábitos de vida diária como higiene pessoal, alimentação, vestuário e locomoção.


Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo. Nós podemos lhe ajudar!

Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Hábitos Orais e a Fonoaudiologia

Tudo que você precisa saber para esclarecer suas dúvidas!




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Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Triagem Fonoaudiológica nas Escolas


É um trabalho que tem como objetivo avaliar a comunicação oral, escrita e aspectos relacionados a ela. Detectando precocemente alterações no processo de desenvolvimento da comunicação, que podem acarretar problemas na aprendizagem da criança.  Este trabalho possibilita a orientação e a troca de informações a respeito dos distúrbios que são detectados em salas de aula. É um trabalho que o fonoaudiólogo faz independente da equipe educacional.
A triagem que realizo é composta das seguintes fases:

Triagem Fonoaudiológica (composição)
  1. Autorização e Mini anamnese para os responsáveis (para coleta de dados)
  2. Avaliação global motora
  3. Avaliação da Percepção Visual
  4. Avaliação da Percepção Auditiva e Meatoscopia.
  5. Avaliação da Memória e Atenção
  6. Avaliação do padrão motor da fala e suas funções
  7. Avaliação do desenvolvimento da fala (provas de nomeação, fala espontânea e lista de palavras)
  8. Avaliação do grau de elaboração e estruturação de frases e linguagem
  9. Avaliação pré – gráfica (pré – escola)

Após esta avaliação, os responsáveis e a escola recebem o laudo avaliativo do seu filho/aluno com os resultados obtidos e encaminhamento para tratamento quando necessário.
Esta triagem é agendada e realizada na escola em datas previamente estipuladas. Se houver interesse de sua escola em participar deste programa, entre em contato! 

Dra. Roberta Pereira - Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Triagem Auditiva Escolar


A audição exerce papel fundamental nas etapas do desenvolvimento infantil, garantindo informações que propiciam a aquisição da linguagem oral, assegurando a integridade do desempenho educacional, além de preservar os aspectos individuais, sociais e psíquicos da criança.
Alterações auditivas nesta fase podem acarretar muitas dificuldades no desenvolvimento global da criança, porque interferem na sua capacidade de perceber a fala, o que, por sua vez, pode resultar na deficiência do desenvolvimento da sua fala e linguagem, na redução do aproveitamento escolar e em distúrbios no seu desenvolvimento social e emocional, mas o quanto antes forem detectadas, melhores serão as condições de reabilitação para a normalização de suas potencialidades, já que um tratamento precoce pode ser realizado antes de maiores prejuízos.
 A deficiência auditiva mínima que não trás praticamente nenhum prejuízo a um adulto, pode representar dificuldades importantes para as crianças, como não perceberem todos os fonemas igualmente e não ouvirem a voz fraca ou distante. Geralmente estas crianças são consideradas desatentas e costumam pedir para que os outros repitam o que disseram. Além disto, uma perda leve trás o handicap de se perder alguns sons da fala, como as consoantes surdas (/s/, /p/, /t/, /k/, /f/, /th/, /sh/), que precisam de um mínimo de energia, onde em conversação rápida, caem abaixo do limiar de audição normal.

Crianças com perda auditiva leve a moderada podem apresentar:

- atrasos em termos de rendimento escolar, tais como: repetência, desatenção
as aulas, hiperatividade gerando dificuldades na aquisição de habilidades de
novos conhecimentos;
- problemas significativos de capacidade verbal, leitura globalizada, matemática e síntese fonêmica;
- dificuldade de discriminação auditiva na presença de ruído-fundo competitivo;
- quanto ao desenvolvimento mental Q.I. levemente rebaixado;
- diminuição da capacidade de concentração em um determinado som na
presença de outros (atenção seletiva);
- déficit quanto as habilidades fonológicas e articulatórias, realizando na fala
várias omissões e substituições fonêmicas;
- retardo na aquisição da linguagem com incidência duas vezes mais em
crianças com perda auditiva leve em comparação com crianças de audição
normal;
- diferenças de localização da fonte sonora, bem como de lateralidade;
- inadaptação social, agressividade ou retração de comportamento ou
hiperatividade.




A IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM AUDITIVA ESCOLAR E O PROGRAMA DE SAÚDE AUDITIVA NAS ESCOLAS:

A detecção e identificação precoce da deficiência auditiva leve permite um trabalho imediato, oferecendo condições para o desenvolvimento da fala adequada, linguagem social estruturada. A triagem auditiva escolar tem o objetivo principal não de diagnosticar a perda auditiva, mas sim examinar um grande número de indivíduos, sem sintomas aparentes, no sentido de identificar aqueles que possam ter a perda, para com isto encaminhá-los a realizar procedimentos mais elaborados, a fim de alcançar diagnósticos precisos e tentar sanar ou minimizar os efeitos que a perda auditiva pode acarretar  nos processos de aprendizagem. A triagem deve ser feita em crianças na  pré-escola até o 5º ano (antiga 4ª série).
É possível realizar as avaliações audiométricas através da implantação de um Programa de Saúde Auditiva na própria escola, o que facilita aos responsáveis que não precisam se deslocar com as crianças para a realização do exame e garante uma assessoria especializada nos moldes do Sistema Americano (onde a triagem auditiva é obrigatória na rede escolar desde 1927). A implantação desse Programa de Saúde Auditiva em Escolas faz com que a Escola que adota esse Programa tenha um diferencial das outras, permitindo assim que haja um menor número de dificuldades no aprendizado e logo um menor número de repetência escolar. O Programa de Saúde Auditiva nas Escolas identifica precisamente e eficientemente alunos com dificuldade auditiva. Além disso, após a realização de exames mais detalhados e a identificação da perda o Fonoaudiólogo desenvolve um trabalho de orientação aos pais e professores.
Toda deficiência auditiva que não é detectada e tratada a tempo, faz com que o desenvolvimento educacional, intelectual, lingüístico, cognitivo e principalmente social da criança seja bastante prejudicado.

Para que seu filho tenha um bom desenvolvimento no aprendizado escolar, é necessário que ele escute bem!


Dra. Roberta Pereira - Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Disfagia


É a dificuldade do ato de engolir (deglutir) tanto alimentos quanto saliva, podendo ocorrer ao iniciar a deglutição (geralmente denominada disfagia orofaríngea) ou quando há a sensação de que os alimentos sólidos e/ou líquidos estão retidos de algum modo na sua passagem da boca para o estômago (geralmente denominada disfagia esofágica).  Pode ocorrer em diferentes fases da vida, especialmente em idosos, podendo trazer sérias conseqüências à saúde. Na disfagia ocorre um desvio do alimento ou da saliva, obstruindo parcialmente ou completamente as vias respiratórias. A Disfagia pode causar problemas sérios como desidratação, desnutrição e pneumonia, além do risco de morte por asfixia. Pois está diretamente associada à interrupção do prazer da alimentação e além de impedir a manutenção das condições nutricionais e de hidratação do indivíduo.



A Disfagia não é uma doença e sim um sintoma que pode aparecer nas seguintes doenças: doenças musculares inflamatórias, AVE, Traumatismo Craniano, Doença de Parkinson, Paralisia Cerebral, Doença de Alzheimer, Doenças Neuromusculares, Doenças do Neurônio Motor, Esclerose Múltipla, Doenças da Junção Neuromuscular, Miopatias, e muitas outras patologias.

Existem alguns sintomas característicos que geralmente acompanham a disfagia:

1. Tosse ou engasgo com alimento ou saliva;
2. Pneumonias de repetição;
3. Refluxo gastro-esofágico;
4. Febre sem causa aparente;
5. Sensação de bolo na garganta;
6. Recusa alimentar;
7. Sonolência durante as refeições;
8. Sinais clínicos característicos de aspiração, ou seja, ausência de tosse, voz com qualidade vocal molhada (gargarejo), dispnéia ou aumento de secreção em vias aéreas superiores.

Sinais esperados para um indivíduo disfágico:

·         Dificuldade para realizar preensão oral do alimento;
·         Dificuldade durante a mastigação;
·         Redução do controle oral do alimento na cavidade oral;
·         Escape do alimento para a faringe;
·         Regurgitação nasal ou oral;
·         Lentificação para a manipulação e preparo do alimento para deglutir;
·         Engasgos freqüentes para qualquer consistência alimentar;
·         Insegurança e ansiedade no momento de refeição;
·         Qualidade vocal molhada, hipersecreção constante e alterações do padrão respiratório.

Diagnóstico

O diagnóstico da disfagia é, em geral, realizado pelo fonoaudiólogo, através da avaliação funcional da deglutição. Para o diagnóstico e indicação de tratamento são realizados: anamnese fonoaudiológica, avaliação funcional da deglutição, avaliação instrumental através da ausculta cervical e definição de conduta e tratamento através de programas de reabilitação. O fonoaudiólogo, ainda, sugere e indica exames complementares para auxiliar no diagnóstico e tratamento da disfagia e direciona o caso junto à equipe interdisciplinar. Exames complementares podem ser indicados, como a videofluoroscopia e a nasolaringofibroscopia.

Tratamento

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. Dentre os tratamentos clínicos destaca-se o tratamento fonoaudiológico que tem como objetivo reabilitar a deglutição de forma segura para o indivíduo, levando à melhora da qualidade de vida do paciente e a utilização de medicações. O fonoaudiólogo dentro da equipe multidisciplinar é o profissional indicado para ajudar no diagnóstico, no prognóstico, assim como na reabilitação, prevenindo as possíveis complicações já citadas.



Resolução CFFª Nº 356, de 6 de dezembro de 2008
“Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para atuar nas disfagias orofaríngeas.” Considerando a Lei nº 6.965/81, em especial o parágrafo único do art. 1º, o art. 4º e o art. 5º;
RESOLVE:
Art.1º - O fonoaudiólogo é o profissional legalmente habilitado para realizar a avaliação, diagnóstico e tratamento fonoaudiológicos das disfagias orofaríngeas, bem como o gerenciamento destas no recém-nascido, na criança, no adolescente, no adulto e no idoso;



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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Taquifemia e Taquilalia (fala acelerada)





Quando a fala apresenta uma velocidade muito rápida ao ponto de comprometer o seu entendimento, temos aí dois distúrbios os quais chamamos de Taquilalia e Taquifemia.

Em ambas temos uma articulação muito rápida da fala, na qual a pessoa definitivamente atropela as palavras, mas na Taquifemia além dessa alteração ocorre também as disfluências / hesitações e/ ou alterações da linguagem e apesar de não serem sintomas obrigatórios, costumam estar presentes também: História familiar de distúrbio de fluência ou de linguagem, Distúrbio fonológico (troca de letras na fala e/ou na escrita), Dificuldades de acesso lexical (dificuldade para encontrar as palavras), Dificuldades sintáticas, Dificuldades com macroestruturas textuais (discurso confuso), Dificuldades de leitura e escrita, Retardo no desenvolvimento de linguagem, Retardo no desenvolvimento motor, Desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade. O que não acontece na Taquilalia.

Esses transtornos dificultam muito a comunicação do indivíduo, pois a intengibilidade da informação fica deficitária, dificultando a transmissão da mensagem e conseqüentemente as suas relações interpessoais.



Vale lembrar que Taquifemia não é Gagueira. Entre os distúrbios da fluência, a gagueira e a taquifemia, representam as duas principais patologias que podem ser confundidas, pois apresentam manifestações semelhantes. A Gagueira tem na sua grande maioria a taquifemia inserida no seu quadro de características, juntamente com outras que a compõem, portanto um fator isolado não justifica a gagueira, mas sim vários fatores, por isso a gagueira é um distúrbio multifatorial caracterizando assim sua diferença.

Faz-se necessário todo um trabalho de conscientização da fala alterada, pois uma das maiores dificuldades do indivíduo é ter a percepção da alteração durante a sua conversação e conseguir manter um monitoramento da mesma para que associado ao tratamento fonoaudiológico se obtenha o restabelecimento da comunicação de forma clara, com velocidade apropriada e compreensiva.


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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Lábio Leporino e/ou Fenda Palatina



Trata-se de uma divisão no lábio superior, entre a boca e o nariz, que ocorre porque as duas partes do rosto do bebê não se uniram adequadamente durante a gestação. Na fenda palatina, a abertura pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz, estabelecendo comunicação direta entre um e outro. Pode, ainda, ser responsável pela ocorrência de úvula bífida (a úvula, ou campainha da garganta, aparece dividida). No entanto, às vezes, essa variação de tamanho é pequena, o que gera algum atraso no diagnóstico.

Tipos de Fendas:


Ainda não se conhecem as causas dessas anomalias, mas existem fatores indicativos que tem sidos implicados na causa, tais como o uso de álcool ou cigarros, a realização de raios-x na região abdominal, a ingestão de medicamentos, como anticonvulsivantes ou corticóide, durante o primeiro trimestre gestacional, deficiências nutricionais, infecções, além da hereditariedade, mas nada ainda realmente confirmado.
Além de se apresentarem como um problema estético, e que podem causar problemas na socialização da criança; a dentição, audição, fala e a própria deglutição podem ser prejudicados. Havendo riscos de infecções, tais como pneumonia, em razão da aspiração do alimento, e o desenvolvimento de anemias. Alguns bebês fissurados não têm problemas com relação a alimentação, outros têm dificuldades. O uso de mamadeiras com bicos especiais ou o posicionamento do bebê na hora da alimentação pode resolver o problema. Nesses casos a mãe deve procurar um fonoaudiólogo para ser orientada. Portanto quanto mais cedo se fizer o tratamento, as chances da criança não passar por estes problemas são menores.
O tratamento é feito através de cirurgia, atualmente, graças ao aperfeiçoamento do ultrassom, o lábio leporino pode ser diagnosticado antes mesmo do parto. Isso permite que, logo após o nascimento, a cirurgia corretiva seja realizada, e podendo ser feita, gratuitamente, pelo SUS, em diversos centros especializados distribuídos pelo país. Vale lembrar, também, do valoroso trabalho da Organização Não Governamental Operação Sorriso que, desde 1982, em mais de 50 países, oferece apoio às famílias e cirurgias reconstrutivas gratuitas a crianças que não têm condições de realizá-las por outros meios – tudo isso por meio de ações voluntárias, inclusive o trabalho dos profissionais, devidamente qualificados.
Vale ressaltar que o tratamento é o longo. Começa no recém-nascido e termina com a consolidação total dos ossos da face, aos dezessete, dezoito anos. Durante todo esse tempo, os portadores de lábio leporino e/ou fissura palatina devem ser acompanhados por especialistas em diferentes áreas, especialmente por cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos e ortodontistas. Sem o devido tratamento, as fissuras podem provocar seqüelas graves, como a perda da audição, problemas de fala e déficit nutricional, além do sofrimento com o preconceito social. É possível a total reabilitação do paciente com fissura labiopalatal. Quanto mais cedo a intervenção, melhor. O tratamento é longo, mas vale à pena!


http://www.operationsmile.org.br/novo/

No site da operação sorriso você pode ter acesso a agenda anual com as datas e locais das cirurgias e atendimentos pós operatórios, núcleos de atendimento por estado e todas as informações necessárias para poder participar além de conhecer um pouco desses profissionais que fazem toda a diferença na vida de muitas famílias!


Fonoaudiologia e a Fissura Labiopalatal

A reabilitação fonoaudiológica é de extrema importância, pois a conduta do fonoaudiólogo é ter contato com a família, logo no nascimento da criança, explicando como deve amamentar o bebê, orientar os pais sobre os problemas que poderão surgir na fala, marcando visitas periódicas, para avaliação, ensinar como estimular a linguagem e introduzir exercícios de sopro. A prevenção de problemas musculares é o foco principal. Com os músculos da face em ordem, facilitará que o bebê seja alimentado adequadamente e assim ter um desenvolvimento psicológico e motor normal, promovendo a maturação das estruturas orofaciais, juntamente com um bom padrão da fala. Nesses casos em especial, o fonoaudiólogo atua no pré e pós-operatório buscando o funcionamento adequado das estruturas que sofreram alterações.

Atuação Fonoaudiológica:


Na alimentação orienta-se o tipo de mamadeira com o bico ideal, a posição da criança, entre outros. Ressalta-se que aos pacientes que passaram por Queiloplastia (cirurgia estética dos lábios) durante o período pós-cirúrgico não é permitido utilizar a mamadeira por 15 dias. Orienta-se aplicar alimentação pastosa e rala por cerca de três meses.
Se faz necessário o trabalho de sensibilidade nesta regiões para qual utilizamos exercícios que envolvem três níveis de sensibilidade: tátil, térmica e gustativa. Tal prática tem como finalidade propiciar aos pacientes estímulos sensoriais na parte anterior da cavidade oral, evitando que instale a prática de movimentos compensatórios.
Quanto aos hábitos orais, deve-se evitar hábitos viciosos que podem comprometer o restabelecimento adequado das funções e estruturas tais como: Respiração bucal; Sucção de dedo, língua, lábios e bochechas; Uso de chupetas ou mamadeiras por tempo além do normal; Postura inadequada da língua durante a deglutição, fonação e posturação (projeção anteriorizada de língua, causando pressão exagerada sobre os dentes superiores, falta de vedamento labial, alterações fonéticas, entre outros.); Posturas inadequadas de cabeça em atividades diurnas e noturnas; Inadequações posturais, como dormir de bruços, com a mão ou braço sobre o rosto; Realizar leitura apoiando a face, pode levar à mordida cruzada e a mastigação inadequada com todas as suas conseqüências;


Essas são algumas das contribuições da Fonoaudiologia para recuperação dos portadores de  lábio leporino e/ou fenda palatina. É um trabalho multidisciplinar e que garante a recuperação total de muitos paciente e uma vida melhor para todos!


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