O
Implante Coclear (IC) é um dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, que
visa proporcionar aos seus usuários sensação auditiva próxima ao fisiológico. O
IC é visto como uma boa opção aos portadores de surdez neurossensorial de
severa a profunda que não têm condições de escutar e compreender a fala, ou
mesmo que escutando alguns sons, essa sensação não é suficiente para o uso
social ou profissional. Outro fator relevante à avaliação da possibilidade de
realizar o IC é o uso prévio, sem resultados satisfatórios, de aparelhos
auditivos clássicos.
O
mau funcionamento ou a inexistência das células ciliadas internas é a principal
causa da perda auditiva neurossensorial. Isso pode ocorrer por várias motivos,
dentre eles estão: doenças genéticas ou infecciosas (como rubéola e meningite);
exposição exagerada a sons muito intensos; a utilização de drogas ototóxicas
(como canamicina, estreptomicina e cisplatina); processo natural do
envelhecimento.
Critérios
básicos de indicação do implante coclear:
Pacientes pré-linguais
Deficiência
auditiva neurosensorial bilateral de grau severo a profundo, com reabilitação
fonoaudiológica efetiva há pelo menos 3 meses (crianças de 0 a 18 meses) ou
desde a realização do diagnóstico (crianças maiores de 18 meses), que não se
beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI).
Neste
grupo a idade do paciente é importante.
Nas
crianças, a idade ideal é até 2 anos de idade, sendo que quanto mais
precocemente o paciente é implantado, melhores serão os resultados.
Entre
2 e 5 anos os resultados também podem ser bons, porém são inferiores aos
pacientes implantados até 2 anos.
A
partir dos 5 anos os pacientes também podem ser implantados, porém os
resultados dependerão de outros fatores como o grau de desenvolvimento da
linguagem já adquirida e do trabalho de estimulação auditiva prévia, como uso
de prótese auditiva e capacidade de realização de leitura orofacial e linguagem
de sinais.
Pacientes
pós-linguais
Deficiência
auditiva neurosensorial bilateral de grau severo a profundo que não se
beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou seja,
apresentarem escores inferiores a 50% em testes de reconhecimento de sentenças
com o uso da melhor protetização bilateral possível.
Não
existe limite de tempo para a realização do implante coclear neste grupo, porém
quanto maior o tempo de surdez, piores serão os resultados.
(Re)Habilitação
A
habilitação ou reabilitação auditiva, em portadores de Implante Coclear (IC),
têm como principais objetivos o treinamento auditivo para que possam ocorrer,
com o máximo resultado satisfatório, o desenvolvimento da linguagem e da
comunicação oral.
Para
que se possa alcançar o objetivo proposto, são utilizadas abordagens
terapêuticas específicas de acordo com a época de aquisição da deficiência auditiva
e a idade do paciente, para assim, maximizar o desempenho das habilidades
auditavas com o IC.
A
terapia fonoaudiológica pode ser realizada em sessões individuais ou em grupo.
As sessões realizadas individualmente devem seguir, preferencialmente, a freqüência
de duas a três sessões por semana. As sessões realizadas em grupo podem seguir
a freqüência de uma sessão por semana. É importante ressaltar que o tais
decisões somente poderão ser tomas após o conhecimento das reais necessidades
do indivíduo em questão, ou seja, uma conduta nunca é igual a outra.
A
terapia individual deve objetivar o desenvolvimento da linguagem oral e das
habilidades auditivas, para assim, possibilitar uma comunicação efetiva e um
adequado desenvolvimento global do individuo.
Para
que ocorra a terapia conjunta deve sempre respeitar alguns aspectos
individuais, para que o grupo se torne o mais homogêneo possível. Tais aspectos
são: tempo de utilização efetiva do IC, idade e nível cognitivo do paciente.
É
necessário ressaltar que o sucesso de um tratamento desse porte não pode ser
atribuído a apenas um profissional. Toda uma equipe está envolvida nesse
trabalho constante. Desde do primeiro contato do possível candidato ao IC com
seu médico, uma série de profissionais estarão, de alguma forma, envolvidos.
São eles: Otorrinolaringologistas, Fonoaudiólogos, Psicólogos e Assistentes
Sociais.
Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo.
Nós podemos lhe ajudar!
Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 / ID:14*12367
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