A Disartria é um transtorno da expressão verbal causado por uma alteração no controle muscular dos mecanismos da fala. Compromete as funções motoras da respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia. Por conseqüência de um distúrbio neurológico que pode ser ocasionado por lesões no sistema nervo central ou periférico. Tendo como característica principal a fala lenta, arrastada e com imprecisão da articulação das sílabas.
Existem pelo menos cinco tipos de disartrias que dependendo do local em que ocorreu a lesão pode nos indicar o grau de comprometimento da fala, e o seu tipo específico. São elas:
Disartria Flácida – Lesão no neurônio motor inferior. Que pode ocorrer diversa causa entre elas: doenças congênitas, doenças do sistema imunológico como a miastenia gravis, AVC, processos degenerativos, traumatismo, toxinas, problemas inflamatórios entre outras.
Características: Hipotonia e pode ocorrer também perda de massa muscular (atrofia), hipernasalidade, associada a escape aéreo nasal, voz suspirada, respiração ofegante e ruidosa, frases curtas, pobre abertura labial, excesso de saliva, dificuldade quanto aos movimentos alternantes da língua, pobreza de inteligibilidade, dificuldade na emissão de tons altos, voz baixa e dificuldade na modulação do ar emitido para uma articulação correta. Dificuldade fonatória e na ressonância.
Disartria Espástica - Lesão no neurônio motor superior. Os principais sintomas de uma disfunção muscular são: espasticidade, fraqueza muscular, limitação e lentidão de movimentos. O distúrbio da fala afeta alguns fonemas, principalmente as consoantes, voz rouca, tom baixo e monótono, redução das ênfases ao falar e emissão forçada. Incompetência articulatória, excesso prosódico e insuficiência prosódica.
Disartia Atáxica – Lesão no cerebelo Lesões no cerebelo ou em suas conexões levam a ataxia, em que os movimentos se tornam imprecisos. Se esta ataxia afetar os músculos do mecanismo da fala, a sua produção se torna alterada. Os músculos afetados se tornam hipotônicos, os movimentos lentos com alteração na força, extensão, duração e direção. Há alteração no equilíbrio e na marcha. Predomínio de monotonia, interrupções e, às vezes, nasalidade e presença de lentidão na leitura e prosódia
A fala de pacientes com este tipo de disartria é denominada de escandida ou “scanning speech”, caracterizada por pausas depois de cada sílaba e lentificação das palavras, imprecisão articulatória, excesso prosódico e insuficiência fonatório – prosódica.
A fala de pacientes com este tipo de disartria é denominada de escandida ou “scanning speech”, caracterizada por pausas depois de cada sílaba e lentificação das palavras, imprecisão articulatória, excesso prosódico e insuficiência fonatório – prosódica.
Disartria por lesões no Sistema Piramidal (hipocinética) - O Mal de Parkinson é síndrome neurológica que caracteriza esta disartria. Apresenta tremores em repouso, rigidez muscular, diminuição dos movimentos espontâneos e associados. Voz rouca, imprecisão das consoantes, fluência variável e vocalizações rápidas e intermitentes.
Disartria por lesões no Sistema Extrapiramidal (hipercinética) - Imprecisão nas consoantes, distorção das vogais, voz rouca, alteração articulatória irregular, prolongamento de fonemas, fluência variável, emissão com esforço, interrupção das emissões e incompetência dos ressonares.
A Fonoaudiologia no Tratamento das Disartrias
O fonoaudiólogo é um profissional importante na reabilitação das disartrias, pois nas alterações articulatórias como: omissão, substituição ou deformação dos sons verbais das palavras o tratamento será dirigido à correção desses defeitos, devendo proporcionar a melhora na inteligibilidade da articulação da fala.
As alterações respiratórias dificultam a obtenção de ar para a produção da fala, exigindo grande esforço do paciente. Faz-se necessário um treinamento para controle da expiração estendendo sua duração, trabalhando também sua qualidade respiratória, sua postura, fatores prosódicos da fala, voz e ressonância através do uso de técnicas específicas para cada alteração. Dessa forma estamos também estimulando o autocontrole do paciente e a correção das alterações.
O trabalho fonoaudiológico deve ter início o mais cedo possível para evitar a instalação de padrões articulatórios incorretos.
A melhora nas alterações facilita a comunicação do paciente, aumentando sua alto estima, estimulando sua fala através da vontade de manter um discurso e melhorando sua integração com seus cuidadores e familiares.
Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo. Nós podemos lhe ajudar!
Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 / ID:14*12367
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Obrigado Dra.
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