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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Atraso de Linguagem

É um distúrbio de linguagem na criança pequena, em geral é determinado comparando-se o funcionamento de linguagem desta com o da mesma idade com desenvolvimento "normal". Os sinais de um distúrbio de linguagem mudam ao longo do tempo, uma vez que levamos em consideração o crescimento e desenvolvimento das crianças. O atraso de linguagem é o problema de desenvolvimento mais comum em pré-escolares e pode se correlacionar com distúrbios posteriores de aprendizagem.
Entre outras provas, é identificada via avaliação do número de palavras faladas e compreendidas, já que aos 2 anos o vocabulário expressivo mínimo é de 50 palavras com combinações de 2-3 palavras. Metade das crianças com atraso de fala aos 24-30 meses podem apresentar atraso severo entre 3-4 anos.
Caracteriza-se pela ausência ou retardo no aparecimento da linguagem oral. Crianças que até um ano e meio não dizem palavras isoladas ou que aos dois anos não formam frases devem ser avaliadas. O Atraso de linguagem pode ser sinal de algum problema como deficiência mental, deficiência auditiva, falta de estímulos, problemas psicológicos, problemas neurológicos ou uma superproteção dos pais adiantando ou adivinhando a vontade da criança fazendo com que ela não tenha necessidade de se comunicar. Ele pode gerar transtornos cognitivos, sociais e emocionais que repercutem no processo escolar e na vida da criança.
Essas crianças devem ser encaminhadas à avaliação fonoaudiológica, para definição das categorias lingüísticas em déficit, orientação familiar e possíveis encaminhamentos para otorrinolaringologista, neurologista, psicólogo ou outros profissionais que se façam necessários.
Os atrasos de linguagem podem acarretar dificuldades em toda a vida do sujeito, pois a aquisição de linguagem acontece como uma continuidade durante todo o desenvolvimento.


Principais características das etapas do desenvolvimento da Linguagem:

Idade (meses)
Aspectos gerais do desenvolvimento
0-6
Vocalizações sem a intenção do uso da fala
6-9
Vocalizações com características de fala - utiliza entoação, ritmo e tom.
9-10
Pré-conversação - sua fala já imita o diálogo do adulto com pausas para a resposta
11-12
Compreende algumas palavras, agrupa sons e sílabas.
12-18
Primeiras palavras funcionais
18-24
Aparecimento de frases com duas palavras, frases negativas e interrogativas, utilização do plural.
24-30
Frases com 3 elementos: nenê come pão
30-36
Frases com 4 elementos, utilizando conjunções, flexões de gênero, número e pronomes...
36-42
Já é capaz de fazer um dialogo estruturado, utilizando frases subordinadas (porém e porque) e comparativas como mais que. Começam a aparecer frases no futuro.
42-54
As estruturas gramaticais utilizadas nas frases ficam mais complexas e parecidas com o discurso do adulto
54
Seu discurso é igual ao do adulto utilizando estruturas gramaticais complexas. Apreciação de piadas e adivinhações e a utilização de palavras com duplo significado: manga da camisa e a fruta.







Segue aqui dicas para ajudar na estimulação da criança que podem ser feitas nas atividades do dia a dia:

•Use frases curtas e palavras de fácil compreensão para a criança. Garanta uma plena compreensão para só depois exigir um expressão oral. Primeiro ela compreende para depois começar a se expressar. 

•Aguarde, observe e as intenções que a criança está manifestando. Dê oportunidade e tempo para estas manifestações e procure não agir antes dela.

•Mantenha a proximidade física e o contato face a face. Abaixe-se para ficar de frente para a criança.

•Dê nome aos objetos e as ações realizadas. Não dê apelidos às pessoas e/ou objetos, e não repita os "apelidos" que a criança inventa para denominar o que está ao seu redor. Não fale no diminutivo.

•Dê valor às brincadeiras de imitação e faz de conta.

•Crie situações nas quais a criança necessite falar.

•Proporcione convívio com os outros grupos sociais, escolas, clubes e parques.

•Tenha brinquedos apropriados para a idade da criança e que favoreçam as interações.

•Conte histórias curtas. Utilize livros com figuras bem representativas.

  • Brinque bastante com a criança e divirta-se!

Procure a opinião de um fonoaudiólogo, caso a criança esteja apresentando dificuldades. A prevenção é o ideal. Se a criança for muito novinha, nem sempre é preciso um tratamento sistemático. Neste caso, poderá ser feito um acompanhamento (de tempos em tempos).

 Tudo depende das características do quadro. Cada caso é um caso, mas orientação é fundamental!!


Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo. Nós podemos lhe ajudar!

Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 / ID:14*12367
Homepage: http://fonoaudiorj.wix.com/fonoaudiologia



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Afasias

Afasia é a perda da função da linguagem tanto falada quanto escrita, após aquisição de maneira normal das mesmas. Ela normalmente aparece como seqüela de um AVC, quando este se localiza próximo a área da linguagem, mas também pode ter como causas: doenças infecciosas como a meningite, tumores, doenças degenerativas como a esclerose múltipla, epilepsia, traumatismo cranioencefálico entre outras.

As afasias se diferenciam pela localização da lesão e apresentam características distintas. Sendo elas:

Afasia de Broca – com lesão localizada próxima a área do processamento da linguagem, onde ocorre a produção da fala e sua compreensão.
Suas características são: dificuldade em falar, entonação vocal prejudicada, ritmo lento e articulação tensa, escrita comprometida, porém a compreensão da linguagem encontra-se preservada. Essa síndrome é também dita como afasia não fluente, de expressão ou motora. Os pacientes têm consciência do seu problema. Aqui a o que é prejudicada é a expressão (a articulação das palavras faladas) e não a compreensão. Pois corresponde a área motora da linguagem.
O prognóstico é bom quanto à recuperação de parte da linguagem falada, que ocorre lentamente.

Afasia de Wernicke – com lesão localizada na área do conhecimento, interpretação e associação das informações.
Suas características são: dificuldade na compreensão da linguagem, a fala é fluente e faz pouco sentido, mas sua maior dificuldade está na compreensão. Apresenta dificuldade na memória, em narrar fatos, em alguns casos pode ocorrer perda da escrita e da leitura compreensiva, dificuldade para nomear objetos, animais, cores entre outros e pode ocorrer parafasias que é a troca dos nomes dos objetos de sons parecidos ou semelhança nas funções. Essa síndrome é também denominada afasia fluente, de recepção ou sensorial.
O prognóstico da Afasia de Wernicke é grave, principalmente quando ocorrem também alterações da compreensão somadas a um jargão não semântico.

Afasia de Condução - a expressão espontânea, oral ou escrita acontece de forma natural, porém, com muitas parafasias e dificuldade para repetir as palavras que lhe são propostas. A compreensão da linguagem oral e escrita tem poucas alterações.

Afasia Global – é a total perda da capacidade lingüística por conseqüência de lesão na área da linguagem. Apresenta perda da compreensão, fala leitura e escrita. Pode ocorrer em pacientes com demência de Alzheimer e nas demências vasculares.
O prognóstico é bem mais delicado.




O Tratamento Fonoaudiológico

Consiste na estimulação das capacidades da linguagem oral e escrita através de exercícios que são elaborados em plano terapêutico conforme a necessidade de cada indivíduo. O tempo de tratamento depende da extensão das lesões e da freqüência com que acontecem as sessões.

É sempre possível melhorar a afasia, embora o nível dos resultados possa depender de alguns fatores como extensão da lesão, motivação e idade do doente e de suas condições gerais de saúde. Portanto não desanime! 


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Dra. Roberta Pereira
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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Disartrias

A Disartria é um transtorno da expressão verbal causado por uma alteração no controle muscular dos mecanismos da fala. Compromete as funções motoras da respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia. Por conseqüência de um distúrbio neurológico que pode ser ocasionado por lesões no sistema nervo central ou periférico. Tendo como característica principal a fala lenta, arrastada e com imprecisão da articulação das sílabas.

Existem pelo menos cinco tipos de disartrias que dependendo do local em que ocorreu a lesão pode nos indicar o grau de comprometimento da fala, e o seu tipo específico. São elas:

Disartria Flácida – Lesão no neurônio motor inferior. Que pode ocorrer diversa causa entre elas: doenças congênitas, doenças do sistema imunológico como a miastenia gravis, AVC, processos degenerativos, traumatismo, toxinas, problemas inflamatórios entre outras.
Características: Hipotonia e pode ocorrer também perda de massa muscular (atrofia), hipernasalidade, associada a escape aéreo nasal, voz suspirada, respiração ofegante e ruidosa, frases curtas, pobre abertura labial, excesso de saliva, dificuldade quanto aos movimentos alternantes da língua, pobreza de inteligibilidade, dificuldade na emissão de tons altos, voz baixa e dificuldade na modulação do ar emitido para uma articulação correta. Dificuldade fonatória e na ressonância.

Disartria Espástica - Lesão no neurônio motor superior. Os principais sintomas de uma disfunção muscular são: espasticidade, fraqueza muscular, limitação e lentidão de movimentos. O distúrbio da fala afeta alguns fonemas, principalmente as consoantes, voz rouca, tom baixo e monótono, redução das ênfases ao falar e emissão forçada. Incompetência articulatória, excesso prosódico e insuficiência prosódica.

Disartia Atáxica – Lesão no cerebelo Lesões no cerebelo ou em suas conexões levam a ataxia, em que os movimentos se tornam imprecisos. Se esta ataxia afetar os músculos do mecanismo da fala, a sua produção se torna alterada. Os músculos afetados se tornam hipotônicos, os movimentos lentos com alteração na força, extensão, duração e direção. Há alteração no equilíbrio e na marcha. Predomínio de monotonia, interrupções e, às vezes, nasalidade e presença de lentidão na leitura e prosódia
A fala de pacientes com este tipo de disartria é denominada de escandida ou “scanning speech”, caracterizada por pausas depois de cada sílaba e lentificação das palavras, imprecisão articulatória, excesso prosódico e insuficiência fonatório – prosódica.

Disartria por lesões no Sistema Piramidal (hipocinética) - O Mal de Parkinson é síndrome neurológica que caracteriza esta disartria. Apresenta tremores em repouso, rigidez muscular, diminuição dos movimentos espontâneos e associados. Voz rouca, imprecisão das consoantes, fluência variável e vocalizações rápidas e intermitentes.

Disartria por lesões no Sistema Extrapiramidal (hipercinética) - Imprecisão nas consoantes, distorção das vogais, voz rouca, alteração articulatória irregular, prolongamento de fonemas, fluência variável, emissão com esforço, interrupção das emissões e incompetência dos ressonares.

A Fonoaudiologia no Tratamento das Disartrias

O fonoaudiólogo é um profissional importante na reabilitação das disartrias, pois nas alterações articulatórias como: omissão, substituição ou deformação dos sons verbais das palavras o tratamento será dirigido à correção desses defeitos, devendo proporcionar a melhora na inteligibilidade da articulação da fala.  
As alterações respiratórias dificultam a obtenção de ar para a produção da fala, exigindo grande esforço do paciente. Faz-se necessário um treinamento para controle da expiração estendendo sua duração, trabalhando também sua qualidade respiratória, sua postura, fatores prosódicos da fala, voz e ressonância através do uso de técnicas específicas para cada alteração. Dessa forma estamos também estimulando o autocontrole do paciente e a correção das alterações.
O trabalho fonoaudiológico deve ter início o mais cedo possível para evitar a instalação de padrões articulatórios incorretos.

A melhora nas alterações facilita a comunicação do paciente, aumentando sua alto estima, estimulando sua fala através da vontade de manter um discurso e melhorando sua integração com seus cuidadores e familiares.


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terça-feira, 24 de julho de 2012

Fonoaudiologia Clínica

Fonoaudiologia Clínica é a área da fonoaudiologia na qual atuo realizando avaliações, diagnósticos, tratamentos, prevenções e orientações para as várias patologias fonoaudiológicas. O atendimento é realizado no consultório particular ou na residência do paciente nos casos de pessoas portadoras de lesões neurológicas ou síndromes que as impossibilitam de obter um atendimento convencional. 


*O atendimento na Fonoaudiologia Clínica atende a todas as faixas etárias.

Aqui destacamos algumas das patologias e alterações atendidas:


Dislalia, Disfêmia (Gagueira), Disartrias e Distúrbios Articulatórios, Afasias, Disfagia, Alterações Vocais, Atraso na Aquisição da Linguagem, Disgrafia, Disortografia, Discalculia, Dislexia, Transtorno de Aprendizagem, Alterações na Mastigação, Deglutição e Respiração, Alteração do Processamento Auditivo Central (PAC), Reabilitação Vestibular entre outras.


Orientações: Sobre Higiene Vocal,   Aleitamento Materno entre outras.


Síndromes Neurológicas:
AVC
Mal de Parkinson
Mal de Alzeimer
Entre outras.


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Fonoaudiologia e a Terceira Idade


A Fonoaudiologia visa à melhora da qualidade de vida das pessoas idosas. A grande maioria apresenta distúrbios de mastigação, deglutição, fala normalidade muscular, audição, mas o que mais fica em evidência são as alterações da comunicação. Essas mudanças comprometem muito os estímulos vitais no idoso, uma vez que conduz a redução dos mesmos. Muitos distúrbios da voz e da fala encontram-se na desarmonia do nosso sistema neurológico, físico, psicológico e social. A gagueira, a rouquidão, os vícios de pronúncia, os tremores na voz, a rigidez na articulação, a variabilidade da altura, do tom e de timbre, os transtornos na ressonância, alterações na deglutição entre outros, podem ser resultados de um funcionamento anormal de um ou de vários dos conjuntos dos sistemas mencionados. 



Veja no que a Fonoaudiologia pode te ajudar:



Alterações das funções da motricidade orofacial (Mastigação alterada decorrente de próteses, dificuldades para engolir, engasgos, alteração do paladar, diminuição da saliva, ronco)


Voz (cansaço ao falar, voz trêmula, mudança do padrão da voz)

Audição (diminuição da audição, dificuldade de compreensão da fala, intolerância a sons muito altos)

Linguagem (dificuldade de memória e concentração, esquecimento)

Rugas e sinais de expressão (aparecimento e acentuação das linhas de expressão e das rugas), entre outras.


Se você apresenta alguns dos problemas citados, saiba que sua qualidade de vida pode estar comprometida e que o mais importante é que há o que fazer para melhorar! 






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domingo, 22 de julho de 2012

Disfônias e Orientações de Higiene Vocal

*Disfônia é uma alteração na produção vocal. Ela pode ocorrer por diversas causas, entre elas esforço intenso na produção da voz que acaba por prejudicar o sistema fonador, em especial as cordas vocais. A principal característica é a rouquidão que pode vir acompanhada de dor, fisgadas, ardência, tosses, pigarros entre outros sintomas.

A disfônia é um indício de que existe algo que não esta indo bem na sua produção vocal, podendo ser por incoordenação da respiração com a fala, falta de hidratação suficiente para as cordas vocais se manterem saudáveis, alergias que podem estar comprometendo seu sistemas fonador, inflamações, lesões na laringe e / ou mau hábitos vocais.

 A disfônia que tem como causa o mau uso da voz é chamada de disfônia funcional, o sistema fonador esta íntegro, mas devido ao uso inadequado, as cordas vocais começam a se sobrecarregar acarretando alterações na sua produção. Já a disfônia que tem uma duração maior e se apresenta como sintoma de uma lesão na laringe é denominada disfônia orgânica.
Uma disfônia por mais de 15 dias já é um alerta, pois ela já pode ser o sintoma de uma lesão mais grave nas cordas vocais, tais como: nódulos, pólipos, fendas vocais, edemas ou paralisias. Em todos os casos se faz necessário procurar um Otorrinolaringologista ou um Fonoaudiólogo que são os profissionais que melhor vão lhe orientar.

É de extrema importância para aqueles que utilizam a voz profissionalmente incluir consultas com Otorrinos e Fonoaudiólogos na sua rotina, pois já são pessoas que se encontram no grupo de risco para possíveis complicações futuras caso não tenham um bom acompanhamento e preparação vocal.

Para se evitar as disfônias se faz necessário cuidar da saúde vocal e isso se aplica a todos nós profissionais ou não da voz. As Orientações de Higiene Vocal são ações que agem de forma preventiva, nos ajudando a conhecer e evitar todos os agentes causadores de problemas vocais.




Segue aqui algumas dicas de Higiene Vocal:
 (BEHLAU, PONTES, 2001):

1) Hidratação adequada, principalmente na exposição ao ar condicionado. Acredita-se que cerca de 2 litros de água por dia sejam suficientes para uma boa hidratação. Água gelada pode provocar edema vocal, por isso, deve ser evitada.

2) Ter alimentação saudável, evitando o consumo excessivo de café e de alimentos muito condimentados ou hábitos relacionados a refluxo gastroesofágico.

3) Evitar tabagismo, etilismo, exposição a produtos químicos
tóxicos, poluição, fatores irritativos à mucosa do trato vocal.

4) Evitar roupas apertadas na cintura e no colarinho, pois tais
condutas dificultam aporte respiratório adequado à fonação.

5) Evitar abusos vocais, como pigarrear constantemente, gritar
e sussurrar. O ato de pigarrear ou “raspar a garganta”, sinal de
hidratação vocal insuficiente, exige uma forte adução das pregas vocais,
assim como o grito. Essa maior adução representa agressão para as pregas vocais e pode contribuir para o aparecimento de outras alterações.

6) A utilização de aparelhos de amplificação vocal como microfones e apitos pode-se fazer necessária em casos de uso de elevada intensidade vocal. Reduzir a intensidade vocal e mantê-la a um nível moderado em todas as situações de comunicação também contribui para diminuição da demanda vocal .

7) O falar sussurrado também deve ser evitado. Nessa situação,
ocorre bloqueio da vibração livre das pregas vocais, proporcionando um
esforço maior que o necessário para produção natural da voz

8) Procurar manter postura corporal adequada ao falar. Manter-se ereto, baseando-se um eixo vertical único pelo alinhamento da coluna contribui para movimentação adequada e harmoniosa dos músculos envolvidos na produção vocal, evitando zonas específicas de tensão. Assim, desvios de postura como falar voltado para a lousa, cabeça elevada ou inclinada para os lados, tensão de face com travamento articulatório, compressão dos músculos respiratórios, ombros erguidos ou rodados para frente devem ser evitados pelos professores.

9) Realizar repouso corporal e vocal adequados. A fadiga vocal
por uso excessivo ou intenso pode gerar cansaço corporal global
importante. Assim, adequadas horas de sono e diminuição do uso da voz
em outras situações de comunicação, principalmente ao telefone, são
medidas que contribuem para o repouso muscular.

10) Evitar a auto-medicação. Diversos medicamentos, quando
administrados incorretamente, podem comprometer a produção vocal.
Alguns tratamentos sem comprovação científica fazem parte da cultura
popular para a melhora da disfônia. Os mais importantes são: chá de
alho, gengibre moído, vinagre com sal, gema de ovo com conhaque, chá
de romã ou de cravo, refrigerante com azeite, e gargarejos com uísque.
Tais soluções não são indicadas.



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sábado, 21 de julho de 2012

Disfêmia e Dislexia


*Disfêmia ou gagueira é uma desordem na fluência da fala. Os sintomas mais evidentes da gagueira são a repetição de sílabas, os prolongamentos de sons os bloqueios dos movimentos da fala, sobretudo na primeira sílaba, no momento em que o fluxo suave de movimentos da fala precisa ser iniciado.
A gagueira é um problema de infância, geralmente tendo seu início antes dos seis anos de idade, apresenta um padrão de incidência familiar, pode ser precipitada e perpetuada por certos eventos ambientais, tende a aparecer mais freqüentemente em crianças descritas como sensíveis, que podem ser mais vulneráveis ou sucetíveis à tensão, tende a exibir ciclos de freqüência e severidade em um mesmo indivíduo, consiste em grande parte em um comportamento de evitação e de fuga, é freqüentemente associada com a expectativa e a antecipação de sua ocorrência, é um problema pessoal: indivíduos que gaguejam podem relatar medo, frustrações, perda da auto-estima. É um evento psico-social. Em geral, as pessoas não gaguejam quando falam sozinhas, com bebês ou animais de estimação. 




*Dislexia é uma alteração neurológica de causa genética e hereditária que se caracteriza como uma específica dificuldade de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Apresentando também em alguns casos dificuldades com cálculos matemáticos e na linguagem corporal e social. Atrapalha muito a aprendizagem da criança principalmente na fase da alfabetização.  Por esse motivo quanto mais cedo detectada e tratada menos impacto terá na aprendizagem escolar evitando um comprometimento também na área emocional e social dessa criança.
É de extrema importância ressaltar que os indivíduos disléxicos são pessoas inteligentes que apenas aprendem de maneira diferente dos demais. Tendo um acompanhamento adequado essas dificuldades serão superadas e essas pessoas poderão ter uma vida normal sem qualquer tipo de comprometimento emocional, social e ou profissional.

Alguns sinais que podem indicar dislexia em crianças:  
        
                     dificuldades com a linguagem e escrita ;
                     dificuldades em escrever;
                     dificuldades com a ortografia;
                     lentidão na aprendizagem da leitura
                     histórico familiar de problemas de leitura e escrita;
                     atraso para começar a falar de modo inteligível;
                     atraso no desenvolvimento visual;
                     fraco desenvolvimento da atenção;
                     dificuldade para organizações.
                     confusão no uso de palavras que indicam direção, como dentro/fora, em cima/embaixo, direita esquerda;
                     dificuldades de coordenação motora: tropeços, colisões com objetos ou quedas freqüentes;
                     dificuldade em aprender cantigas infantis com rimas;
                     dificuldade em aprender o alfabeto, as tabuadas e seqüências como meses do ano;
                     falta de atenção ou pobre concentração;
                     dificuldade continuada com certas atividades motoras como amarrar cadarço de sapato, agarrar bolas, saltar etc.
                     dificuldade com direita e esquerda;
                     reversão de letras e números (15-51; b-d);
                     frustração, podendo levar a problemas comportamentais.

Os sinais que podem indicar dislexia nos adolescentes são:

                     tendência a ler sem compreensão;
                     escrita incorreta, com letras faltando ou na ordem errada.
                     maior tempo que a média para terminar os trabalhos escritos;
                     dificuldade com planejamento e organização de trabalhos escritos;
                     dificuldade em copiar acuradamente da lousa ou de livros;
                     tendência a confundir instruções verbais e números de telefone;
                    dificuldades severas para aprender línguas estrangeiras;  
                     crescente perda da auto-confiança, frustração e baixa auto-estima.
Tais características podem se manifestar de forma isolada ou combinada. A intensidade com que aparecem também pode variar de pessoa para pessoa, variando desde muito leve a muito severa. Geralmente a dislexia começa a ser notada por volta dos 6 ou 7 anos de idade, na fase de alfabetização, quando os fracassos começam a se destacar. Porém, em idades mais precoces, ainda na pré-escola, já é possível algumas características de uma criança de risco para desenvolver problemas de leitura.



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Dislalia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia


* Dislalia é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente. A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas. É uma patologia que deve ser tratada o quanto antes principalmente quando relacionada com crianças na fase escolar, pois pode vir a prejudicar a criança no desempenho escolar principalmente no período de alfabetização. É um distúrbio que atinge tanto as crianças quanto os adultos.




* Disgrafia é o transtorno da escrita, de origens funcionais, chamada normalmente de letra feia. A criança disgráfica é vítima de transtornos que provém ora do plano motor, ora do plano perceptivo, ora do plano simbólico. A dificuldade de integração visual-motora dificulta a transmissão de informações visuais ao sistema motor. A criança vê o que quer escrever, mas não consegue idealizar o plano motor. Sua escrita é nitidamente diferente da escrita da criança normal.

A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:
  Os traços pouco precisos e incontrolados;
  O falta de pressão com debilidade de traços ou traços muito fortes que vinquem o papel;
  As letras não diferenciadas nem na forma nem no tamanho; Letras ilegíveis;
  A escrita desorganizada engloba não só as irregularidades e falta de ritmo das letras, mas também toda a escrita
  A realização incorreta dos movimentos de base que iniciam a escrita de uma letra, podendo ter ligação com alterações espaciais.

Mas atenção o Disgráfico não apresenta somente uma das características citadas isoladamente, mas sim um conjunto contendo algumas delas!!





*Disortografia é um distúrbio da escrita na qual a mesma se apresenta com diversos erros ortográficos repetidamente em séries escolares nos quais esses erros já não são mais comuns de ocorrer.

Exemplos de casos de disortografia:
       Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
       Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
       Adições: ventitilador.
       Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
       Fragmentações: en saiar, a noitecer.
       Inversões: pipoca/picoca.
       Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.





*Discalculia é definida como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção visual. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas. Crianças ou adolescentes portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.

Algumas manifestações apresentadas pela pessoa com discalculia:
       Lentidão extrema na realização das atividades aritméticas;
       Dificuldades de orientação espacial;
 Dificuldades para lidar com operações matemáticas (adição, divisão, subtração, multiplicação);
       Dificuldade de memória de curto e longo prazo;
       Dificuldades em seguir ordens ou informações simultaneamente;
       Dificuldades com a contagem através de cardinais e ordinais;
       Problemas em visualizar um conjunto dentro de um conjunto maior, entre outras.






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