O termo
Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) refere-se a crianças que apresentam
dificuldade em adquirir e desenvolver habilidades de linguagem na ausência de deficiência
mental, déficits físicos e sensoriais, distúrbio emocional severo, fatores
ambientais prejudiciais e lesão cerebral.
Diagnóstico precoce do
Distúrbio Específico de Linguagem é essencial para reabilitação das crianças.
Entre 5% e 7% da população
infantil, a cada mil nascidos, tem o diagnóstico do DEL. É possível
diagnosticar, com mais precisão, em crianças entre 5 e 6 anos de idade, embora
isso não ocorra de forma tão regular, o que compromete o desenvolvimento de
crianças em larga escala.
Mais que um mero número
estatístico, o DEL tem reflexos imediatos no aprendizado, desde o período
inicial da educação formal, se estendendo até a fase adulta, nas atividades de
comunicação oral e /ou escrita.
Crianças com DEL, quando não
diagnosticadas e tratadas precocemente, têm dificuldades com a aquisição da
escrita, e podem ser facilmente confundidas com crianças disléxicas, em virtude
de um diagnóstico incorreto, o que pode resultar no fracasso da reabilitação.
Embora estudado e
identificável, não existe ainda um comprovação científica estabelecida para o
DEL, justamente pela inexistência de marcas biológicas que justifiquem o
comprometimento de linguagem.
Por outro lado, há evidências
da presença de um componente genético determinante nesta patologia, ainda que
de origem e localização incertas.
Diagnóstico
O diagnóstico do Distúrbio
Específico de Linguagem é multidisciplinar e deve ser feito por exclusão, ou
seja, descartando-se a possibilidade de qualquer outra patologia. Na avaliação
de linguagem, examina-se a expressão e recepção de diferentes aspectos, como
fonológico, lexical, morfossintático, semântico e pragmático.
Características principais do
DEL:
· Dificuldade de linguagem
expressiva e/ou receptiva, sendo a compreensão normalmente melhor do que a
expressão;
· Atraso na aquisição das
primeiras palavras;
· Falha na discriminação dos
fonemas;
·Frases mal elaboradas
(algumas vezes sem artigos, preposições ou concordância verbal);
· Fonologia, semântica,
sintaxe e pragmática são atingidas em graus diferentes.
· Uma mesma criança pode
apresentar maiores problemas em relação à fonologia num momento e em relação à
semântica, num outro. Ou seja, o quadro nem sempre é estável.
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