Google+

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dislexia e Fracasso Escolar


A linguagem é fundamental para o sucesso escolar. Ela está presente em todas as disciplinas e todos os professores são potencialmente professores de linguagem, porque utilizam a língua materna como instrumento de transmissão de informações. Muitas vezes uma dificuldade na aprendizagem da Matemática está mais relacionada à compreensão do enunciado do que ao processo operatório da solução do problema. Os disléxicos, em geral, sofrem também de discalculia – dificuldade de calcular – porque encontram dificuldade de compreender os enunciados das questões.

Por isso é necessário que o diagnóstico da dislexia seja precoce. Já nos primeiros anos da Educação Infantil, pais e educadores devem se preocupar em encontrar indícios de dislexia em crianças de 4 a 5 anos aparentemente normais. Quando não se diagnostica a dislexia ainda na Educação Infantil, os distúrbios de letras podem levar crianças de 8 a 9 anos – já no Ensino Fundamental, portanto – a apresentar perturbações de ordem emocional, afetiva e lingüística. Uma criança disléxica encontra dificuldade para ler e as frustrações acumuladas podem conduzir a comportamentos anti-sociais, à agressividade e a uma situação de marginalização progressiva.

Pais, professores e educadores devem estar atentos a dois importantes indicadores para o diagnóstico precoce da dislexia: a história pessoal do aluno e as suas manifestações lingüísticas nas aulas de leitura e escrita.

Quando os professores se deparam com crianças inteligentes, saudáveis, mas com dificuldade de ler e entender o que leram, devem investigar imediatamente se há existência de casos de dislexia na família. Em geral, a história pessoal de um disléxico traz traços comuns, como o atraso na aquisição da linguagem, atrasos na locomoção e problemas de dominância lateral. O histórico de dificuldades na família e na escola poderá ser de grande utilidade para profissionais como psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e neuropsicólogos que atuam no processo de reeducação lingüística das crianças disléxicas.




Como identificar um aluno disléxico?
  
Mesmo com todas as dificuldades que a dislexia pode trazer para a vida escolar de uma criança, é possível contornar o problema.

O mais importante é que os pais – e principalmente os professores – estejam sempre atentos.

O grau da "doença" varia muito e os sinais costumam ser inconstantes.

  
A seguir algumas das características mais comuns:
  
A criança é inteligente e criativa – mas tem dificuldades em leitura, escrita e soletração.

Costuma ser rotulado de imaturo ou preguiçoso.

Obtém bons resultados em provas orais, mas não em avaliações escritas.

Tem baixa auto-estima e se sente incapaz.

Tem habilidade em áreas como arte, música, teatro e esporte.

Parece estar sempre sonhando acordado.

É desatento ou hiperativo

Aprende mais facilmente fazendo experimentos, observações e usando recursos visuais.

Visão, leitura e soletração:

Reclama de enjôos, dores de cabeça ou estômago quando lê.

Faz confusões com as letras, números palavras, seqüências e explicações verbais.

Quando lê ou escreve comete erros de repetição, adição ou substituição.

Diz que vê ou sente um movimento inexistente quando lê, escreve ou faz cópia.

Parece ter dificuldades de visão, mas exames de vista não mostram o problema.

Lê repetidas vezes sem entender o texto.

Sua ortografia é inconstante.

Audição e linguagem:

É facilmente distraído por sons.

Tem dificuldades em colocar os pensamentos em palavras. Às vezes pronuncia de forma errada palavras longas.

Escrita e habilidades motoras:

Dificuldades com cópia e escrita. Sua letra muitas vezes é ilegível.

Pode ser ambidestro. Com freqüência confunde direita e esquerda ou acima e abaixo.

Matemática e gerenciamento do tempo:

Tem problemas para dizer a hora, controlar seus horários e ser pontual.

Depende dos dedos ou outros objetos para contar. Muitas vezes sabe a resposta, mas não consegue demonstrá-la no papel.

Faz exercícios de aritmética, mas considera difícil problemas com enunciados.

Tem dificuldade em lidar com dinheiro.

Memória e cognição:

Excelente memória a longo prazo para experiências, lugares e rostos. No entanto têm memória ruim para seqüências e informações que não vivenciou.

Escrito por Fernanda (autoras@uol.com.br)

Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo.
Nós podemos lhe ajudar!

Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ

Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 / ID:14*12367

Homepage: http://fonoaudiorj.wix.com/fonoaudiologia
Blog: http://www.fonoaudiologarj.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo seu comentário! Por favor aguarde a liberação do mesmo.