É uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo
a mais, o par 21, por isso também conhecida como trissomia 21, causada por um
erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Tem maiores chances de
ocorrer em mães que engravidam quando mais velhas. É uma síndrome que atinge
todas as etnias.
Essa síndrome é diagnosticada logo após o nascimento, pelo médico
pediatra que analisa as características fenotípicas comuns à síndrome. A
confirmação da síndrome é dada por meio de uma análise citogenética. Não
existem graus da síndrome de Down, porém o ambiente familiar, a educação e a
cultura em que a criança está inserida influenciam muito no seu
desenvolvimento. Alguns exames feitos pela gestante no pré-natal também podem
identificar se o bebê será ou não portador desse distúrbio genético
Alterações provocadas pelo excesso de material genético no
cromossomo 21 determinam as características típicas da síndrome:
* Olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado,
mãos menores com dedos mais curtos, prega palmar única e orelhas pequenas;
* Hipotonia: diminuição do tônus muscular responsável pela língua
protusa, dificuldades motoras, atraso na articulação da fala e, em 50% dos
casos, por cardiopatias;
* Comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem
mais lenta.
A estimulação precoce desde o nascimento é a forma mais eficaz de
promover o desenvolvimento dos potenciais da criança com síndrome de Down. Empenhe-se nessa tarefa, mas procure levar a
vida normalmente. Como todas as outras, essa criança precisa fundamentalmente
de carinho, alimentação adequada, cuidados com a saúde e um ambiente acolhedor,
para que sejam capazes de vencer as limitações que essa doença genética lhes
impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem
assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais.
O ideal é que essas crianças sejam matriculadas em escolas
regulares, onde possam desenvolver suas potencialidades, respeitando os limites
que a síndrome impõe, e interagir com os colegas e professores. Em certos
casos, porém, o melhor é frequentar escolas especializadas, que lhes
proporcionem outro tipo de acompanhamento. O preconceito e a discriminação são
os piores inimigos dos portadores da síndrome. O fato de apresentarem
características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não
significa que tenham menos direitos e necessidades. Cada vez mais, pais,
profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições
impostas a essas crianças.
Recomendamos que os pais que estimulem a criança a ser
independente, conforme cresce. Ela deve ser tratada com naturalidade, respeito
e carinho. Embora, quando na fase adulta, a pessoa com síndrome de Down não
consiga atingir níveis avançados de escolaridade, ela consegue trabalhar,
praticar esportes, viajar, etc.
A
Fonoaudiologia e o portador da Síndrome de Down
O
acompanhamento fonoaudiológico pode ser iniciado desde a gestação junto à mãe,
que, através de exames, soube da possibilidade de seu bebê nascer com síndrome
de Down. Ela deve ser orientada a conversar com o filho, ainda na vida
intra-uterina, para auxiliar o desenvolvimento dele, e aprender como conseguir
uma boa pega do mamilo durante o aleitamento. Se uma criança inicia tratamento
mais tarde – aos três anos, por exemplo – deixa de ser estimulada
significativamente. Portanto quanto mais cedo elas forem estimuladas, melhores
as perspectivas do tratamento. Em todos os casos, é necessário acompanhamento
fonoaudiológico, sendo que no tipo leve as sessões acontecem com freqüência
menor que as dos tipos mais graves.
A
Fonoaudiologia tem como objetivo trabalhar a linguagem oral e escrita, aspectos
cognitivos e motricidade oral visando o desenvolvimento global da pessoa.
Trabalhamos a adequação das funções orais através de orientações sobre a
amamentação; uso adequado de diferentes tipos de utensílios (bicos de
mamadeiras, colheres, copos). Estimulação das funções do sistemas
estomatognático (mastigação, deglutição, sucção e respiração), do
desenvolvimento de fala e linguagem e de
toda a forma de comunicação (uso de gestos, uso de expressões faciais e
corporais, vocalizações, balbucio, onomatopéias, palavras, frases, etc) e
estímulo das habilidades auditivas e visuais. É importante salientar que de
acordo com a faixa etária são enfocados aspectos relevantes para cada caso.
Associado a este trabalho descrito, a família e todo contexto social em que a
criança está inserida, tem um papel fundamental em seu desenvolvimento. A
linguagem está presente desde o momento em que a criança nasce e tem seu
desenvolvimento em todas as relações estabelecidas. Nos atendimentos de
fonoaudiologia são oferecidas ferramentas para que a criança possa exercitar
nas interações, novas possibilidades de construir uma melhor comunicação.
Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo. Nós podemos lhe ajudar!
Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 / ID:14*12367
Homepage: http://fonoaudiorj.wix.com/fonoaudiologia
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