A paralisia cerebral é uma doença do sistema nervoso central
caracterizada por uma alteração do movimento e da postura, onde a coordenação
muscular apresenta-se não correta e o tônus muscular está com alterações mais
ou menos importantes; tudo isso devido a uma lesão no cérebro ainda em
desenvolvimento, nos primeiros anos de vida.
Os distúrbios da comunicação são variáveis de acordo com os
graus de acometimento encefálico, aparecem em função das alterações
provenientes de mímica facial, reflexos orais, alimentação, respiração,
articulação, fonação, linguagem, voz e audição. A criança com paralisia
cerebral geralmente não possui o controle completo dos músculos de seu corpo, o
que leva a dificuldades motoras e incoordenação,que podem afetar desde seu
desenvolvimento físico até sua fonação.
O que pode causar Paralisia Cerebral?
Normalmente estas lesões são provocadas ao longo da
gravidez, durante os trabalhos de parto ou logo após sua conclusão. Estes
problemas podem também se manifestar no período da infância.
Algumas causas da Paralisia Cerebral podem ser listadas: no
período anterior ao nascimento, destacam-se a rubéola, a sífilis, a
toxoplasmose, a AIDS, o consumo de drogas, álcool e fumo; durante o parto, são
mais comuns as hemorragias intracranianas; no intervalo do pós-parto podem
ocorrer traumas cerebrais, meningites, convulsões, desnutrição, traumatismo
crânio-encefálico e hipóxia cerebral grave (quase afogamento, convulsões
prolongadas e paradas cardíacas).
A Fonoaudiologia na Paralisia Cerebral:
A fonoaudiologia no processo terapêutico de crianças
portadoras de Paralisia Cerebral vai intervir nos aspectos da linguagem, fala,
dos órgãos fonoarticulatórios e funções neurovegetativas (deglutição, sucção,
mastigação, e respiração), bem como na facilitação postural, aspectos
familiares e escolares, levando em conta a forma e o grau (leve, moderada ou
severa, de acordo com o nível de locomoção da criança) de manifestação da
paralisia cerebral. Embora seja ainda irreversível, os danos causados à
musculatura podem ser parcialmente eliminados com as terapêuticas apropriadas.
Orientações a pais e cuidadores:
A atuação dos familiares e do
cuidador é fundamental, devido à colaboração que podem oferecer em diversos
pontos do tratamento e que são basicamente:
Tudo que estiver relacionado ao
desenvolvimento:
-Comunicação (linguagem, fala)
-Cordenação motora;
-Visão;
-Audição;
-Olfato / Paladar
-Aspectos específicos do
tratamento como: baba, fonação ou
sistemas alternativos.
Metodologia:
- Explicar aos pais e ao
cuidador os objetivos gerais e parciais.
- Designar-lhes atividades
concretas a serem realizadas.
- Reforçar continuamente seu
trabalho.
- Buscar a colaboração de toda
a família e do cuidador. Além das atividades gerais, cada membro da família
deve ter alguma função específica à qual se dedicará periodicamente.
- Assessorar os pais e o
cuidador com frequência sobre material e atividades.
-Evitar que a família delegue
toda a responsabilidade do tratamento aos especialistas, fazendo-a ver que uma
parte importante dependente dela, explicando-lhe também os resultados.
Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo. Nós podemos lhe ajudar!
Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
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