A respiração oral é decorrente
de várias complicações que levam uma
criança a essa condição. As mais comuns são as rinites alérgicas e o aumento
das amígdalas (localizadas na garganta) e adenóides (também conhecidas como
carne esponjosa). Quando estas últimas ficam grandes demais, o ar não passa.
Outras causas são as inflamatórias (sinusite), infecciosas e alterações
anatômicas (desvio de septo). Esses fatores que levam a uma obstrução nasal completa
ou incompleta, podendo ser uni ou bilateral. O paciente respirador oral pode
ter sintomas típicos que variam desde os da apnéia do sono até uma obstrução
leve do trato respiratório.
Ao longo do tempo, o hábito de
respirar pela boca provoca flacidez dos músculos faciais, lábios e língua, alterações
na postura corporal, deformidades faciais, insuficiência respiratória, má
oclusão dentária, cansaço freqüente, boca seca, mau hálito, falta de apetite e
noites mal dormidas. Quem respira de forma incorreta tem uma postura
caracterizada por ombros caídos, pés chatos, joelhos projetados para trás e uma
retificação da região cervical (cabeça, ombros e braços deslocados para
frente), mas vale ressaltar que nem todos os sinais e sintomas podem estar
presente no paciente.
É necessário questionar os hábitos
das crianças, como uso de chupetas e mamadeiras ou hábito de chupar o dedo –
hábitos que podem desencadear o aparecimento da respiração oral. Vale lembrar,
ainda, que as queixas decorrentes da respiração oral podem permanecer mesmo
após a retirada do(s) hábito(s) envolvido(s) na causa.
Por causa da flacidez na boca e
na língua, o processo de mastigação e deglutição também fica comprometido, o
respirador oral normalmente tem preferência por alimentos macios e moles, e bebe
muito líquido junto com os alimentos, devido à dificuldade de mastigar, resultado:
a criança não tem uma alimentação adequada, já que é impossível triturar a
comida e respirar ao mesmo tempo. Sua mastigação costuma ser bem alterada,
ruidosa e desordenada, com os lábios entreabertos, por não conseguir respirar
pelo nariz, o respirador oral é obrigado a manter os lábios abertos durante a
mastigação para poder respirar. Nesta
competição, a respiração, indiscutivelmente vence, daí a preferência por
alimentos que facilitem a mastigação e líquidos
que ajudem na deglutição.
O excesso de ar aspirado
ocasiona a elevação do palato e diminui o tamanho da arcada dentária superior. A
gengiva torna-se avermelhada e inchada, o lábio superior é encurtado. As
movimentações dentárias ficam inadequada. Da mesma forma, a fala, o sono e a
concentração sofrem danos. Há uma menor oxigenação cerebral quando se respira
pela boca, prejudica o aprendizado.
Fonoaudiologia no tratamento do
Respirador Oral
Os respiradores orais podem ser
tratados com sucesso através de terapia fonoaudiológica, cirurgia, medicação,
placa oral entre outros.
O tratamento fonoaudiológico
com o respirador oral, baseia-se em reeducar a musculatura oral, para que o
habito não persista. Esclarecemos ao paciente e a sua família a respeito da
respiração oral, mostrando os padrões adequado, pois trabalhamos a
conscientização, para depois podermos trabalhar o sistema sensório motor oral e
as funções do sistema estomatognático (Sucção, Mastigação, Deglutição, Respiração
e Fonação), sempre respeitando a individualidade do paciente. A colaboração da
família é de extrema importância para o sucesso do tratamento.
Dra. Roberta Pereira - Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 /ID:14*12367
dra.robertapereira@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo seu comentário! Por favor aguarde a liberação do mesmo.