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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Respirador Oral ou Bucal



A respiração oral é decorrente de várias  complicações que levam uma criança a essa condição. As mais comuns são as rinites alérgicas e o aumento das amígdalas (localizadas na garganta) e adenóides (também conhecidas como carne esponjosa). Quando estas últimas ficam grandes demais, o ar não passa. Outras causas são as inflamatórias (sinusite), infecciosas e alterações anatômicas (desvio de septo). Esses fatores que levam a uma obstrução nasal completa ou incompleta, podendo ser uni ou bilateral. O paciente respirador oral pode ter sintomas típicos que variam desde os da apnéia do sono até uma obstrução leve do trato respiratório.
Ao longo do tempo, o hábito de respirar pela boca provoca flacidez dos músculos faciais, lábios e língua, alterações na postura corporal, deformidades faciais, insuficiência respiratória, má oclusão dentária, cansaço freqüente, boca seca, mau hálito, falta de apetite e noites mal dormidas. Quem respira de forma incorreta tem uma postura caracterizada por ombros caídos, pés chatos, joelhos projetados para trás e uma retificação da região cervical (cabeça, ombros e braços deslocados para frente), mas vale ressaltar que nem todos os sinais e sintomas podem estar presente no paciente.
É necessário questionar os hábitos das crianças, como uso de chupetas e mamadeiras ou hábito de chupar o dedo – hábitos que podem desencadear o aparecimento da respiração oral. Vale lembrar, ainda, que as queixas decorrentes da respiração oral podem permanecer mesmo após a retirada do(s) hábito(s) envolvido(s) na causa.
Por causa da flacidez na boca e na língua, o processo de mastigação e deglutição também fica comprometido, o respirador oral normalmente tem preferência por alimentos macios e moles, e bebe muito líquido junto com os alimentos, devido à dificuldade de mastigar, resultado: a criança não tem uma alimentação adequada, já que é impossível triturar a comida e respirar ao mesmo tempo. Sua mastigação costuma ser bem alterada, ruidosa e desordenada, com os lábios entreabertos, por não conseguir respirar pelo nariz, o respirador oral é obrigado a manter os lábios abertos durante a mastigação para poder respirar. Nesta  competição, a respiração, indiscutivelmente vence, daí a preferência por alimentos  que facilitem a mastigação e líquidos que ajudem na deglutição.
O excesso de ar aspirado ocasiona a elevação do palato e diminui o tamanho da arcada dentária superior. A gengiva torna-se avermelhada e inchada, o lábio superior é encurtado. As movimentações dentárias ficam inadequada.  Da mesma forma, a fala, o sono e a concentração sofrem danos. Há uma menor oxigenação cerebral quando se respira pela boca, prejudica o aprendizado.

Fonoaudiologia no tratamento do Respirador Oral

Os respiradores orais podem ser tratados com sucesso através de terapia fonoaudiológica, cirurgia, medicação, placa oral entre outros.
O tratamento fonoaudiológico com o respirador oral, baseia-se em reeducar a musculatura oral, para que o habito não persista. Esclarecemos ao paciente e a sua família a respeito da respiração oral, mostrando os padrões adequado, pois trabalhamos a conscientização, para depois podermos trabalhar o sistema sensório motor oral e as funções do sistema estomatognático (Sucção, Mastigação, Deglutição, Respiração e Fonação), sempre respeitando a individualidade do paciente. A colaboração da família é de extrema importância para o sucesso do tratamento.





Dra. Roberta Pereira - Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 /ID:14*12367
dra.robertapereira@hotmail.com

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