Trata-se de uma divisão no
lábio superior, entre a boca e o nariz, que ocorre porque as duas partes do
rosto do bebê não se uniram adequadamente durante a gestação. Na fenda
palatina, a abertura pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz,
estabelecendo comunicação direta entre um e outro. Pode, ainda, ser responsável
pela ocorrência de úvula bífida (a úvula, ou campainha da garganta, aparece
dividida). No entanto, às vezes, essa variação de tamanho é pequena, o que gera
algum atraso no diagnóstico.
Tipos de Fendas:
Ainda não se conhecem as causas
dessas anomalias, mas existem fatores indicativos que tem sidos implicados na
causa, tais como o uso de álcool ou cigarros, a realização de raios-x na região
abdominal, a ingestão de medicamentos, como anticonvulsivantes ou corticóide,
durante o primeiro trimestre gestacional, deficiências nutricionais, infecções,
além da hereditariedade, mas nada ainda realmente confirmado.
Além de se apresentarem como um
problema estético, e que podem causar problemas na socialização da criança; a
dentição, audição, fala e a própria deglutição podem ser prejudicados. Havendo
riscos de infecções, tais como pneumonia, em razão da aspiração do alimento, e
o desenvolvimento de anemias. Alguns bebês fissurados não têm problemas com
relação a alimentação, outros têm dificuldades. O uso de mamadeiras com bicos
especiais ou o posicionamento do bebê na hora da alimentação pode resolver o
problema. Nesses casos a mãe deve procurar um fonoaudiólogo para ser orientada.
Portanto quanto mais cedo se fizer o tratamento, as chances da criança não
passar por estes problemas são menores.
O tratamento é feito através de
cirurgia, atualmente, graças ao aperfeiçoamento do ultrassom, o lábio leporino
pode ser diagnosticado antes mesmo do parto. Isso permite que, logo após o
nascimento, a cirurgia corretiva seja realizada, e podendo ser feita,
gratuitamente, pelo SUS, em diversos centros especializados distribuídos pelo
país. Vale lembrar, também, do valoroso trabalho da Organização Não
Governamental Operação Sorriso que, desde 1982, em mais de 50 países, oferece
apoio às famílias e cirurgias reconstrutivas gratuitas a crianças que não têm
condições de realizá-las por outros meios – tudo isso por meio de ações
voluntárias, inclusive o trabalho dos profissionais, devidamente qualificados.
Vale ressaltar que o tratamento
é o longo. Começa no recém-nascido e termina com a consolidação total dos ossos
da face, aos dezessete, dezoito anos. Durante todo esse tempo, os portadores de
lábio leporino e/ou fissura palatina devem ser acompanhados por especialistas
em diferentes áreas, especialmente por cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos e
ortodontistas. Sem o devido tratamento, as fissuras podem provocar seqüelas
graves, como a perda da audição, problemas de fala e déficit nutricional, além
do sofrimento com o preconceito social. É possível a total reabilitação do
paciente com fissura labiopalatal. Quanto mais cedo a intervenção, melhor. O
tratamento é longo, mas vale à pena!
http://www.operationsmile.org.br/novo/
No site da operação sorriso você pode ter acesso a agenda anual com
as datas e locais das cirurgias e atendimentos pós operatórios, núcleos de
atendimento por estado e todas as informações necessárias para poder participar
além de conhecer um pouco desses profissionais que fazem toda a diferença na
vida de muitas famílias!
Fonoaudiologia e a Fissura Labiopalatal
A reabilitação fonoaudiológica
é de extrema importância, pois a conduta do fonoaudiólogo é ter contato com a
família, logo no nascimento da criança, explicando como deve amamentar o bebê,
orientar os pais sobre os problemas que poderão surgir na fala, marcando
visitas periódicas, para avaliação, ensinar como estimular a linguagem e
introduzir exercícios de sopro. A prevenção de problemas musculares é o foco
principal. Com os músculos da face em ordem, facilitará que o bebê seja
alimentado adequadamente e assim ter um desenvolvimento psicológico e motor
normal, promovendo a maturação das estruturas orofaciais, juntamente com um bom
padrão da fala. Nesses casos em especial, o fonoaudiólogo atua no pré e
pós-operatório buscando o funcionamento adequado das estruturas que sofreram
alterações.
Atuação Fonoaudiológica:
Na alimentação orienta-se o
tipo de mamadeira com o bico ideal, a posição da criança, entre outros. Ressalta-se
que aos pacientes que passaram por Queiloplastia (cirurgia estética dos lábios)
durante o período pós-cirúrgico não é permitido utilizar a mamadeira por 15
dias. Orienta-se aplicar alimentação pastosa e rala por cerca de três meses.
Se faz necessário o trabalho de
sensibilidade nesta regiões para qual utilizamos exercícios que envolvem três
níveis de sensibilidade: tátil, térmica e gustativa. Tal prática tem como
finalidade propiciar aos pacientes estímulos sensoriais na parte anterior da
cavidade oral, evitando que instale a prática de movimentos compensatórios.
Quanto aos hábitos orais,
deve-se evitar hábitos viciosos que podem comprometer o restabelecimento
adequado das funções e estruturas tais como: Respiração bucal; Sucção de dedo,
língua, lábios e bochechas; Uso de
chupetas ou mamadeiras por tempo além do normal; Postura inadequada da língua durante
a deglutição, fonação e posturação (projeção anteriorizada de língua, causando
pressão exagerada sobre os dentes superiores, falta de vedamento labial,
alterações fonéticas, entre outros.); Posturas inadequadas de cabeça em
atividades diurnas e noturnas; Inadequações posturais, como dormir de bruços,
com a mão ou braço sobre o rosto; Realizar leitura apoiando a face, pode levar
à mordida cruzada e a mastigação inadequada com todas as suas conseqüências;
Essas são algumas das contribuições
da Fonoaudiologia para recuperação dos portadores de lábio leporino e/ou fenda palatina. É um trabalho multidisciplinar e que garante a recuperação total de muitos paciente e uma vida melhor para todos!
Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo. Nós podemos lhe ajudar!
Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
Nextel: 21 7712-4670 / ID:14*12367
Homepage: http://fonoaudiorj.wix.com/fonoaudiologia
Bom dia dra!
ResponderExcluirMinha filha fez uma cirurgia. Retirou amídalas e diminuiu a úvula. Agora está tendo problemas porque sua úvula ficou muito curta. Existe algum tratamento ou exercício que alongue novamente a úvula?
Obrigada