Com
um ano e meio os bebês já conseguem balbuciar "mama" ou
"papa". É assim que acontece com a maioria dos bebês, que deixam os
pais em um misto de alegria e ansiedade para ouvir a próxima palavra. Porém,
para algumas crianças, essa fase pode demorar bastante para se iniciar,
deixando a ansiedade dos pais dar lugar à preocupação. Falar, para nós, é tão
natural que é difícil perceber o quanto é complexo esse processo. Imagine você
converter movimento em vibrações nas cordas vocais, que produzem sons. Como se
não bastasse, você ainda precisa articular muito bem a boca e os lábios, para
que esse som saia em forma de palavra. É muito difícil. Quando a criança não é
estimulada a falar pelos pais, pode ficar preguiçosa e acaba demorando mais do
que o normal. Se os pais dão tudo o que ela quer, ela não sente a necessidade
de falar, a partir dos cinco meses de idade, os bebês já começam a emitir
alguns sons na tentativa de se comunicar, mas é por volta dos dez meses que
eles começam a falar palavras bilabiais, tipo, "ma" e "pa".
Com um ano, as crianças já falam palavras que são reconhecidas pelos
adultos. As meninas, normalmente, começam a falar mais cedo que os meninos. Com
dois anos, dois anos e meio, a criança já é capaz de formular pequenas frases e
de sair tagarelando por aí. Se chegar a essa fase e o bebê ainda não tentar
falar, a mãe já deve notar que há algo errado. Os pais precisam se certificar
de que o filho não esteja sofrendo com alguma patologia associada. A surdez,
por exemplo, é muito fácil de ser percebida pelos pais. É só notar se o bebê
reage aos sons do cotidiano, como uma porta batendo, adulto que fala alto,
cachorro latindo.
Para
essas crianças com "preguiça" de falar, é muito importante o trabalho
de um fonoaudiólogo. Ele vai descobrir o que está errado na relação entre pais
e filhos e vai indicar a melhor maneira para que os pais estimulem seus filhos,
substituindo práticas comuns, por corretas.
A
melhor maneira de uma criança aprender a falar é convivendo com um mundo onde
todos falam. A melhor maneira dela aprender sobre coisas do mundo é fazendo-a
interagir com o ambiente que a cerca. A criança deve conseguir estabelecer
relações entre objetos e fatos, construindo assim seu conhecimento a respeito
do meio que a cerca. Muitos crêem que o surgimento da linguagem é uma questão
de tempo, que se pode esperar até os quatro anos, que depende do amadurecimento
etc. Pensamentos como estes levam muitos pais a procurarem tratamento fonoaudiológico
tardiamente.
Espera-se que até os dois anos a criança comece a produzir as primeiras palavras. Passada esta idade, ou se sua linguagem estiver aquém do esperado, deve-se procurar um profissional habilitado (o fonoaudiólogo) para confirmar ou descartar a suspeita de atraso. Não se deve deixar o tempo passar para só então encaminhá-la. Sabe-se que quanto mais precoce for a intervenção, maior a probabilidade de superação ou atenuação do problema.
Espera-se que até os dois anos a criança comece a produzir as primeiras palavras. Passada esta idade, ou se sua linguagem estiver aquém do esperado, deve-se procurar um profissional habilitado (o fonoaudiólogo) para confirmar ou descartar a suspeita de atraso. Não se deve deixar o tempo passar para só então encaminhá-la. Sabe-se que quanto mais precoce for a intervenção, maior a probabilidade de superação ou atenuação do problema.
Se
o bebê não quer falar, não se afobe, estimule!
1. Abaixe-se até ficar na altura da criança
toda vez que for falar com ela. Assim, ela poderá enxergar melhor os seus
movimentos de lábio e mandíbula;
2. Fale sempre a forma correta das palavras;
3. Se você perceber que ela tem dificuldade
para falar certas palavras, tente usá-las com mais frequência quando estiver
conversando. Não se esqueça de que a criança aprende por repetição;
4. Incentive-a a conversar mais quando ela
disser alguma palavra. Faça sempre pequenas perguntas enquanto estiver
conversando com ela e espere a tentativa de resposta.
Desenvolvimento normal da linguagem
De 0 a 2 meses: o bebê reage ao meio através dos reflexos e os
adultos dão significados a esses comportamentos.
De 2 a 8 meses: nesta fase o bebê deixa de reagir e passa a agir
sobre o ambiente, aumentando sua atividade exploratória e interessando-se por
pessoas e objetos. A compreensão dos comportamentos do bebê se torna mais fácil
por parte dos adultos.
De 8 a 12 meses: surge a comunicação intencional, ou seja, a criança
compreende que pode usar o outro como meio para satisfazer seus desejos. Porém,
utiliza formas de comunicação elementares, como levar a mão do adulto na
direção do objeto, olhar para o objeto e para o adulto alternadamente, gritar
etc.
De 12 a 18 meses: a criança passa a utilizar gestos convencionais de
comunicação, como "jogar beijo", "dar tchau". Nesta idade
também surgem as primeiras palavras, que podem ter múltiplas significações; p.
ex.: "cachorro" pode significar qualquer animal de quatro patas. As
palavras se referem a fatos de situação imediata.
Entre 18 e 24 meses as orações apresentam dois ou três vocábulos; p. ex.:
"nenê bola", "qué leite".
Por
volta dos 24 meses surge a fala telegráfica, com omissão de elementos como
preposições, artigos, pronomes. O vocabulário aumenta e a fala começa a
tornar-se mais inteligível.
De 3 a 5 anos: a criança faz uso dos principais tempos verbais.
Ocorre um aumento significativo da capacidade de compreensão e expressão e da
complexidade gramatical. Nesta fase a linguagem desliga-se progressivamente do
imediato.
Após os 5 ou 6 anos, aproximadamente, espera-se que a criança tenha
dominado os sons da fala, ou seja, que esta seja produzida corretamente.
Dúvidas? Procure um Fonoaudiólogo.
Nós podemos lhe ajudar!
Dra. Roberta Pereira
Fonoaudióloga - Crfa.10822/RJ
Contatos: 21 2143-3451 Celular: 21 9926-9900
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